1901 – Quando o Circo Phenomenal chegou na cidade.

Circo Phenomenal.
Hoje – Hoje
Duas Funcções!!

Grande matinée a 1 hora da tarde, devendo terminar as 3 horas em ponto. As 9 horas da noite um variadíssimo espectaculo, FESTA ARTISTICA, despedida da companhia.

AO CIRCO! – AO CIRCO!
O representante – Ataliba Ramos.
gazeta. 02-06-1901. n.7. a.7p.4. anúncio circo phenomenal (2)
Fonte: Biblioteca Municipal de Leopoldina, 2018. Pesquisa: Alan Barroso

Em maio de 1901, o Circo Phenomenal chegou em Leopoldina, oferecendo uma série de apresentações e números circenses. Sob direção dos srs. Mendes & Colman, estreou no dia 11 de maio de 1901, no Largo Visconde do Rio Branco.

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O Circo Phenomenal permaneceu em Leopoldina até início do mês de junho, quando participou dos festejos populares que ocorriam anualmente, dedicado ao Mês de Maria, realizados nos dias 01 e 02 de junho de 1901.

Abaixo, assista ao registro imagético das matérias publicadas na Gazeta de Leopoldina, em 1901 (ano 7), que noticiaram as apresentações oferecidas pelo Circo Phenomenal, durante a curta estadia na cidade:

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Fontes de informação:

Gazeta de Leopoldina, n° 04, ano 7, 12 de maio de 1901, pág. 2​. Gazeta de Leopoldina, n° 05, ano 7, 19 de maio de 1901, pág. 1. Gazeta de Leopoldina, n° 07, ano 7, 02 de junho de 1901, pág. 2. Gazeta de Leopoldina, n° 08, ano 7, 09 de junho de 1901, pág. 1.

Fonte de Acesso: Biblioteca Municipal de Leopoldina, localizada no Centro Cultural Mauro de Almeida Pereira, em 2018.

O Leopoldinense, nº 62, a. 3, 10/09/1882: Inauguração do Circo, em Tapirussu

O Leopoldinense, nº 62, a. 3, p. 2, 10 de setembro de 1882: No arraial de Tapirussu, antigo distrito da cidade de Leopoldina, (sendo transferido para a cidade de Palma pelo decreto provincial n° 374 de 13 de janeiro de 1891), atual Itapiruçu, um circo estaria sendo construído, e sua inauguração contaria com a apresentação da Companhia Equestre do Sr. Antônio Gonçalves Fernandes, nos dias 09, 10, 16 e 17 de setembro de 1882, enaltecendo a Festa do Louvor de Nossa Senhora das Dores, realizada dia 17.

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Fonte: Hemeroteca Digital / Pesquisa: Alan Barroso

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O Leopoldinense, nº 59, a. 3, 24/08/1882: Circo dirigido por Antônio Gonçalves Fernandes em Porto Novo.

O Leopoldinense, nº 59, a. 3, 24 de agosto de 1882: O Circo dirigido pelo artista cuiabano Antônio Gonçalves Fernandes apresentava-se na cidade de Porto Novo. Em breve, deveria chegar à Leopoldina.

16 - cia equestre antonio gonçalves em porto novo, em breve leopoldina - copia
Fonte: Hemeroteca Digital / Pesquisa: Alan Barroso

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O Leopoldinense, nº 54, a. 2, 24/07/1881: Última apresentação do Circo Casali

O Leopoldinense, nº 54, a. 2, p. 1, 24 de julho de 1881: Última apresentação do Circo Casali em Leopoldina, realizada no dia 17 de julho. Houve lotação das arquibancadas, com destaque para a população mais humilde, os Zé Povinho, ou Zé Povinho da roça, que disputavam espaço nas arquibancadas lotadas do Circo. A matéria destaca a encenação da comédia Mestre EscolaO Circo Casali despediu-se de Leopoldina naquele ano no dia 20 de julho, quando partiu para a cidade de Porto Novo, atual Além Paraíba.

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Fonte: Hemeroteca Digital / Pesquisa: Alan Barroso

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O Leopoldinense, nº 52, a. 2, 13/07/1881: A Noite de Maravilhas do Circo Casali

O Leopoldinense, nº 52, a. 2, p. 2 e 4, 13 de julho de 1881: Duas notas e um anúncio publicados nas páginas 2, 3 e 4, que destacam e enaltecem as apresentações do Circo Casali.

Conforme apontam as matérias, o Circo Casali se apresentou no Largo do Rosário entre os dias 08, 10, 12, 14, 15, 16 e 17 de julho de 1881. Foram mencionados os seguintes espetáculos: Vôo do Niágara, executado pela beneficiada, além de Pyramides de Christal, executada por Tracey, A Ressureição de um Cosinheiro, também por Tracey e a pantomima Sapateiro Irlandez.

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Fonte: Hemeroteca Digital / Pesquisa: Alan Barroso

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O Leopoldinense, nº 51, a.2, 10/07/1881: Estréia do Circo Casali no Largo do Rosário

O Leopoldinense, nº 51, a.2, p. 2, 10 de julho de 1881: Matéria que informa a estreia do Circo Casali, no Largo do Rosário, a estréia mais notável dos últimos tempos.

Largo do Rosário
Foto: Largo do Rosário. Fonte: Biblioteca Municipal de Leopoldina / Pesquisa: Alan Barroso
Circo Casali
Fonte: Biblioteca Municipal de Leopoldina / Pesquisa: Alan Barroso

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1881 – Quando o Circo Casali chegou na cidade

Em julho de 1881, a Companhia Circense da Família Casali chegava em Leopoldina. O Circo Casali foi uma notória companhia equestre, ginástica e acrobática. Segundo o aprofundado estudo de Ermínia Silva:

No início de 1875, estreava em Porto Alegre o circo da família Casali, de origem italiana, que desde 1870 já estava na América Latina. Devido a várias associações que realizou com companhias argentinas, os historiadores daquele país tendem a descrevê-la como uma família de acrobatas “assimilados às modalidades do circo criollo”; no entanto, parte dos Casali também se fixou no Brasil. (SILVA, pág. 75, 2007).

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Imagem: Os Casali. Retirado do livro de Ermínia Silva: Circo-Teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade circense no Brasil.

De acordo com anuncio publicado em 07 de julho de 1881 no jornal O Leopoldinense,  o Circo Casali estrearia em Leopoldina no dia 08 de julho, com destaque para a artista Rosa Traçey e a Família Seyrzel. O Circo Casali teria permanecido em Leopoldina por aproximadamente 10 dias, realizando apresentações diárias e com grande diversidade de repertório.

Circo Casali
Fonte: Hemeroteca Digital / Pesquisa: Alan Barroso

Conforme apontam as matérias publicadas no O Leopoldinense, o Circo Casali se apresentou no Largo do Rosário, entre os dias 08, 10, 12, 14, 15, 16 e 17 de julho de 1881. Foram mencionados os seguintes números: Vôo do Niágara, além de Pyramides de Christal; A Ressureição de um Cosinheiro, e a pantomima Sapateiro Irlandez.

Largo do Rosário
Fonte: Biblioteca Municipal de Leopoldina / Pesquisa: Alan Barroso

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Referência Bibliográfica: SILVAErmíniaCirco-Teatro: Benjamim de Oliveira e a teatralidade circense no Brasil.São Paulo, Editora Altana, 2007.434 p.

Fonte de informações: O Leopoldinense, nº 50, a. 2, p. 3, 07 de julho de 1881. O Leopoldinense, nº 52, a. 2, p. 2 e 4, 13 de julho de 1881.

Fonte de acesso: Hemeroteca Digital

Edição nº 50 completa:

Edição nº 52 completa:

Gazeta de Leopoldina, n° 24, ano 7, 29/09/1901: Nota sobre o Circo Temperani e partida para Cataguases.

Gazeta de Leopoldina, n° 24, ano 7, 29 de setembro de 1901, pág. 1: Nota sobre o Circo Temperani e partida para Cataguases.

Escute a matéria:

No dia 22 deu a companhia do Circo Temperani o seu ultimo espectaculo que constou de escolhidos trabalhos. No dia 24 seguio a companhia para Cataguazes onde pretende dar alguns espectaculos.

Gazeta de Leopoldina, n° 23, ano 7, 22/09/1901: Resenha do Circo Temperani

Gazeta de Leopoldina, n° 23, ano 7, 22 de setembro de 1901, pág. 1: Resenha da apresentação do Circo Temperani, realizada em 19 de setembro de 1901:

Escute a matéria:

Continua a deleitar o nosso publico a companhia do Circo Temperani que trabalha actualmente n’esta cidade. Quinta-feira deu mais uma attrahente diversão obtendo uma magnifica casa. Destacamos n’este espectaculo os jogos de chapéos pelos dois Clows, dignos de nota pela certeza com que foram executados, o trabalho da barra sempre apreciado, e a mazurk pelas gentis senhoritas que receberam devidos applausos. Deu tambem bastante sorte o palhaço Silva Ribeiro com os Iundús no seu cheroso violão. A pantomima Casa Encantada fez o sucesso que se esperava. Effectivamente é interessante, principalmente a canninha verde dançada com bastante graça; os discursos do vigario e do creado e finalmente o afan dos esposos Polycarpo, em bem servir os seus freguezes não esquecendo entretanto as suas ricas pessoinhas. Para hoje está annunciado mais um variado espectaculo onde serão apresentados novos trabalhos, bem como uma escolhida pantomima. Quem quizer pois passar algumas horas agradaveis vá hoje ao Circo Temperani.

 

Gazeta de Leopoldina, n° 22, ano 7, 15/09/1901: Resenha do Circo Temperani e G. J. Caetano no Alencar

Gazeta de Leopoldina, n° 22, ano 7, 15 de setembro de 1901, pág. 1: Resenha referente ao Circo Temperani.

Escute a matéria:

CIRCO – Trabalha actualmente nesta cidade o circo dos Irmãos Temperani, que tem proporcionado ao nosso publico agradaveis horas. No genero é difficil as companhias mque percorrem o interior apresentarem trabalhos dignos de nota. Isto porém não se dá com o Circo Temperani, que possue incontestavelmente um conjuncto de artistas de real merecimento. No espectaculo de estréa destacamos o barrista Joaquim Gomes, que em tres barras fez trabalhos importantes terminando com o deslocamento dos braços a todo pezo do corpo que lhe granjeou justos e enthusiasticos applausos. As gentis e graciosas senhoritas, estrellas da companhia, conquistaram freneticos applausos nos torneios a cavallo, no equilibrio sobre a bola, na deslocação e finalmente na dança campestre, trabalhos estes que desempenharam com inexcedivel graça. O malabarista V. Temperani apresentou sortes admiraveis revelando-se um artista moderno. Quinta-feira deu a companhia o seu segundo espectaculo apresentando trabalhos novos entre os quaes salientamos o trapezio pela senhorita Clara que terminou com um salto mortal em toda a altura do circo, e os jogos malabares pelas senhoritas Clara, Pia e V. Temperani. Repetiram alguns, taes como o volteio a cavallo pela graciosa Ida Temperani e as barras pelo habil J. Gomes que como sempre foram muito applaudidos. Alem disso outros trabalhos apresentaram sendo sempre festejados os artistas ao terminarem as suas sortes. os clows e o Toni trouxeram o publico em constante hilaridade. Finalmente foi mais uma boa noitada proporcionada ao nosso publico. Hoje haverá mais um escolhido espectaculo em o qual serão apresentados novos trabalhos. Ao circo pois, amantes de bons divertimentos.

Ainda na mesma página do jornal (n° 22, ano 7, 15 de setembro de 1901, pág. 1), resenha referente ao Grupo João Caetano no Theatro Alencar em 07 de setembro de 1901:

Escute a matéria:

Conforme noticiamos realizou no dia 7, um espectaculo de gala o Grupo Scenico João Caetano. O theatro vistosamente ornamentado, tinha attrahente e agradavel aspecto. As 9 horas, a panno corrido a banda Lyra Leopoldinense executou o hymno nacional, que foi ouvido de pé por todos os presentes. Terminado este o sr. Arthur Leão, do camarote do centro, fez uma saudação a data que se commemorava e terminou erguendo vivas aos cidadãos que mais se tem destinguido na Republica.

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Imagem: Alan barroso. Fonte: Biblioteca Municipal de Leopoldina/MG